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Adoção e o “Filho Imaginário Ideal” por Alexandre Felipe de Oliveira

  • Foto do escritor: Talita Carvalho
    Talita Carvalho
  • 13 de jun. de 2018
  • 2 min de leitura

Diante de um mundo cada vez mais individualista, a adoção é uma ação que faz com que o ser humano exercite o seu lado altruísta, recebendo alguém como parte integrante da família como filho(a) e, além de criar, educar e proteger; a família que adota exerce a função de prover afeto, importante para o desenvolvimento saudável da relação a ser construída.

A adoção teve vários significados durante a história: na Antiguidade era vista como algo positivo, pois perpetuava o nome da família, principalmente daquelas que não poderiam ter filhos. Já na Idade Média, por influência da igreja católica, a adoção era entendida de forma negativa, pois oficializava os filhos incestuosos e advindos de adultérios. Atualmente a adoção é valorizada, tendo um caráter totalmente afetivo, porém deve-se perceber se no processo de adoção há a expectativa do “Filho Imaginário Ideal”.

Uma pesquisa realizada em junho de 2018 no Cadastro Nacional de Adoção do Brasil constatou que atualmente constam 8.800 crianças e adolescentes disponíveis para serem adotadas e 43.600 pretendentes querendo adotar. Se há mais pretendentes para adotar do que crianças a serem adotadas, porque esse número não fecha? Por causa do Filho Imaginário Ideal. O perfil mais procurado para adoção é de meninas brancas de até 1 ano de idade, excluindo a grande parcela de meninos e negros que estão a espera de um lar.

Será que a escolha restrita do perfil de crianças não passa por um pré-conceito? A fixação por filhos imaginários perfeitos não remete a ideia de meros produtos que, se não tem as suas funcionalidades 100% eficazes, não servem e podem ser descartados? O que se procura no outro não é o que falta em si mesmo?

As questões acima devem ser analisadas com profundidade pelos pretendentes ao processo de adoção, para que tenha o menor impacto negativo possível no processo da relação de vínculo, fundamental para uma boa formação da estrutura familiar. Uma análise crítica constante deve ser realizada de forma sistêmica e as seguintes perguntas-chave tem que sempre ser questionadas: enfim, o que é ser pai e o que é ser mãe?


Alexandre Felipe de Oliveira

Psicólogo Clínico

CRP 06/142422

São José do Rio Preto/SP

Contato: (17) 99178-5822

Página Facebook: Alexandre Felipe Psicologia




 
 
 

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