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Relacionamentos líquidos da contemporaneidade

  • Foto do escritor: Talita Carvalho
    Talita Carvalho
  • 30 de abr. de 2018
  • 2 min de leitura

Por Alexandre Felipe de Oliveira

Estamos com fome. Pedimos um lanche em um “fast food” e em quinze minutos o alimento está em nossas mãos, pronto para nos saciar e acabar com aquele incômodo chato que a falta de comida nos provoca. Com essa mesma necessidade de satisfazer nossos desejos rapidamente, transferimos isso para os relacionamentos, que estão cada vez mais instantâneos e descartáveis, como “miojo” feito em três minutos e capaz de preencher nosso vazio por no máximo uma hora.

O sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman (1925-2017), em seu livro “Amor Líquido”, salientou que uma das características dos tempos modernos é a dificuldade em estabelecer laços humanos, com relações frágeis e sem vínculos consistentes, sendo usadas somente quando necessárias, “como relacionamentos de bolsos”, não duráveis e sem profundidade.

Estamos na era da busca do prazer imediato. Se algo serve e satisfaz, é aprovado, caso contrário é trocado imediatamente, onde não há a prática da aceitação e tolerância, havendo a dificuldade em trabalhar a frustração no indivíduo, que está cada vez mais egoísta, mergulhado em seu egocentrismo.

O medo e a dificuldade em estabelecer laços mais profundos deve-se a projeção que se cria perante o próximo, não procurando entender o indivúduo como ele realmente é, interpretando através de uma conceituação psicológica já pré-estabelecida. Com isso, desconsidera-se o sujeito como ser complexo e individual em suas particularidades, transformando-o em um instrumento de satisfação da expectativa alheia. Se o mesmo não se comporta da maneira como é esperado, é rechaçado, motivo pelo qual as relações não se prolongam.

Uma análise crítica pessoal é fundamental para percebermos se estamos sendo arrastados por essa onda de superficialidade imposta na contemporaneidade. É preciso ter a consciência de que nem tudo será da maneira que se deseja e por isso é necessário que seja feita uma análise do “custo x benefício” dos relacionamentos, pois simplesmente descartá-los só mostra sinal de fraqueza e fragilidade do ser humano.



Alexandre Felipe de Oliveira

Psicólogo Clínico

CRP 06/142422

São José do Rio Preto/SP

Tel/whatss: (17) 99178-5822

Base de Pesquisa

BAUMAN. Zigmunt. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.



 
 
 

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